Nas minhas andanças (parte II)
É grande o número de ônibus que chegam lotados de elesbonenses vindos do corte da cana no Sudeste do país (a maioria do estado de São Paulo). Todos os anos essa cena se repete. No mês de janeiro, ônibus (a maioria clandestinos) lotados partem da "terra do bode" levando os filhos da terra para o corte da cana no sudeste do país. Em busca de melhoria de vida, muitos deles se aventuram e partem para esse trabalho sem nenhuma garantia. Trabalham sem carteira assinada, apenas por contrato e ganham por produção. Se o cabra for duro ganha bem agora, se o cabra for mole, é arriscado passar até fome. No mês de dezembro, período em que acaba a colheita da cana, a maioria vêm "estourar" o "dinheirão" na cidade. Alguns compram motos, mas tem uns mais "chiques" que compram logo é um carro. E não é qualquer carrinho não, já ví deles com Vectra, Ômega, Astra e por aí vai. Só carro "bebedor". Os homi bota é pra "raiá". Em janeiro, a maioria vende o que comprou (carro ou moto) e se manda pro corte da cana novamente, alguns deixando noiva, mulher grávida... E assim Elesbão segue sua rotina, de calmaria e movimenação.
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